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outubro 15, 2011

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A partir de hoje iniciarei a série "Artes de todas as Artes. À procura da perfeição". Um breve resumo de dois períodos que considero importantíssimos na história da arte e cultura, destacando o Renascimento e o Barroco, cujo espaço de tempo foi o responsável por grandes transformações em muitas áreas da vida humana.
Para abrir a série escolhi Michelangelo, mas antes uma rápida introdução.





O Renascimento
No período que compreendeu a Idade Média, entre o século V e meados do século XV, a arte em todos os sentidos permaneceu um tanto quanto sufocada. Nesse espaço de tempo, Deus era o centro de tudo, e o homem um mero contemplador de sua obra, fora disso tudo era considerado heresia. Pensamentos filosóficos ficaram guardados, e tinham acesso a eles apenas alguns da Igreja. Essa foi a era das trevas.
No início do século XV, iniciou-se um processo de mudança de atitude mental. O homem não era tão humilde quanto se propagava na Idade Média. O artista passou a ser intérprete dessa mudança. A natureza não era apenas para ser contemplada, mas sim para ser examinada e compreendida e não para ser temida. A essa redescoberta do homem, deu-se o nome de Renascimento. Os homens e as mulheres estudaram particularmente a literatura da Grécia e de Roma, e nela encontraram uma valorização da natureza, do corpo humano e do mérito pessoal, levando a um novo respeito pelo homem e a natureza, que, como cristãos, consideravam uma criação de Deus.
Muitos artistas se destacaram nessa época, vamos apenas destacar alguns deles e saber um pouco, resumidamente de suas vidas.


MICHELANGELO BUONARROTI
1475-1564


Michelangelo nasceu em Caprese, perto de Florença, em 1.475. Foi escultor, pintor, arquiteto e poeta. Teve influência de Donatello e das esculturas clássicas gregas. Talvez maior da Alta Renascença. Atingiu a perfeição em detalhes, sobretudo com sua escultura em mármore, "Davi", que inicia um novo padrão de nus. Dentre seus inúmeros trabalhos, incluem-se a cúpula da Basílica de São Pedro, o túmulo de Papa Júlio II, a excepcional Pietà, o teto da Capela Sistina,o Juízo Final, pintado também nessa capela, no Vaticano.
Quando criança, Michelangelo tinha por companhia uma ama, filha de marmoristas, e isso lhe proporcionou muita habilidade e conhecimentos sobre o mármore, aprendendo tudo sobre os veios da pedra, separação, cortes, etc. Para o trabalho do túmulo de Júlio II, ficou oito meses em Carrara, para escolher os blocos, que somaram quarenta. Dizia que sua criação lutava para se libertar da pedra, chegando a declarar que "ele só tirava as sobras, pois a estátua já estava lá". Suas obras espalham-se por Roma, Florença, Vaticano, Milão e em outros museus pelo mundo. A grandiosa obra Davi encontra-se em Florença, na Galeria da Academia, e sua mais famosa Pietà ( das cinco que criou ) na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Na Galeria Uffizi, em Florença, encontramos seus desenhos e pinturas, como a Sagrada Família.
Michelangelo morreu aos oitenta e nove anos.





Davi
Grandiosa obra de Michelangelo, de 1504, com cerca de 5,5m de altura., na Galeria da Academia, em Florença.
  





Pietà
Obra concluída entre 1498 e 1499, Catedral de São Pedro. Esta é a mais famosa dessa série, de cinco, que o artista criou.






A Sagrada Família
Cerca de 1505 a 1507, 1,20m de diâmetro. Galeria Uffizi, Florença.






A criação de Adão
Detalhe da abóbada da Capela Sistina - Vaticano



Profeta Joel
Detalhe da abóboda da Capela Sistina - Vaticano



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