O horror que o ser humano transformou o planeta Terra

É impossível assistir a esse filme e não ficar chocado. Mas ficamos apenas chocados. Muitos de nós, seres humanos, muitas vezes fazemos “vista grossa” e ignoramos nossos erros, e de todas as outras pessoas, talvez por serem tantos...

O filme que você vai assistir é um reflexo do que o ser humano está se transformando, e o pior, no que ele está (ou já) transformou o planeta em que vive. Lixo! Palavras fortes? Tente convencer a natureza do contrário, tente convencer os animais.

O que esperar de governos que mandam exterminar milhares de cães e gatos, que chamam de “vadios”, apenas para que jogos aconteçam em paz? Paz? Mas em quê os bichinhos atrapalhariam? Por acaso seriam eles anarquistas? Terroristas, talvez? Não haveria aí um equívoco?

Em que pensam, se é que pensam, esses indivíduos de quem temos notícias todos os dias maltratando animaizinhos indefesos? São dignos, por acaso, de serem chamados de seres humanos?

É difícil concordar (ou acreditar) com a Bíblia quando lá se lê que o “homem foi feito à imagem e semelhança de Deus” Qual semelhança? Que Deus? Qual Deus? De quem estamos falando?

De que planeta estamos falando? Ah isso é fácil de responder, estamos falando do planeta que tem como governador o dinheiro, o poder, a maldita vontade de ter mais e mais, em detrimento de todo o resto, não importando se rios sejam mortos, se pessoas morram de fome, se os mares virem depósitos de lixo, se populações inteiras de cidades fiquem sem respirar, assim como está Pequim. 

Não, isso tudo não importa, o que conta é sempre o poder, o dinheiro.

Não adianta eu ficar aqui falando sobre a miséria humana, não sou eu quem vai mudar o mundo, sou nada, sou pequeno, o máximo que posso fazer é escrever sobre o que sinto, é vomitar no papel minhas mágoas e desilusões, nada mais do que isso.

Quando entrei em contato com esse filme sofri um reviramento no estômago, uma profunda tristeza tomou conta de mim, parei, fiquei chocado ao constatar que o homem não apenas destrói o que está próximo dele, mas também outros lugares a milhares de quilômetros de distância da sua presença. É o que você verá, parece que o homem consegue ser onipresente, infelizmente.

E para terminar este texto, quero deixar registrado um poema em forma de prece, de Fernando Pessoa, o poeta que mais sinto dentro de mim. Esse talvez seja um poema que reflete melhor o que seja Deus, na opinião do Pessoa, e minha. E quiçá, um dia ele deixe de ser utópico.

Texto: Geraldo Ráiss

Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.

[...]

Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.

Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim.

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O Autor do Blog

Geraldo Ráiss (pseudônimo), criador e editor do Blog, estudou Administração de Empresas, autodidata, tem como hobbie escrever poemas e romances. Amante dos animais,apreciador da boa música e das artes, e claro, criar artigos para o Blog.