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julho 20, 2012

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O Juízo Final: Michelangelo


Há milênios a arte nos conta a História do mundo, tanto através da escrita, quanto pela pintura. Vários temas são retratados em forma de arte:  políticos, religiosos, mitológicos, nacionalistas, culturais, etc.






Porém cada autor de uma obra tem sua própria maneira, muitas vezes subjetiva, de ver cada acontecimento e retratá-lo ao público.
A pintura sempre colaborou muitas vezes de uma forma elucidativa para que todos nós possamos entender um pouco do passado humano. Muitas vezes, porque em outras ela se apresenta de forma um tanto quanto confusa aos olhos menos entendedores. Veja:

Mosaico - Ravena, Itália


Pintura de 1546 - Galeria Nacional de Londres



Um exemplo desse "antagonismo" podemos constatar nas obras acima. É certo que são dois temas diferentes, porém podemos perceber claramente a intenção de uma, enquanto que a outra...

A primeira é um mosaico do século VI, da basílica de Sant Apollinare Nuovo, em Ravena, na Itália. É evidente para quem a admira, a cena bíblica em que Pedro joga a rede, a mando de Jesus, pois o texto diz que Pedro nada havia pescado. Nada há de oculto na obra, pois nessa época a evangelização era de interesse da Igreja, porém poucas pessoas sabiam ler. Essa foi a forma mais rápida e eficaz para que pessoas analfabetas pudessem entender as Escrituras.

Em contrapartida, a outra pintura, um quadro de Agnolo Bronzino (pintor italiano, 1503-1572), denominado Vênus, Cupido, Loucura e Tempo (1546) – Galeria Nacional de Londres – nos apresenta uma pintura enigmática, sendo que esse tipo de expressão era próprio dos palácios, para um povo intelectual e refinado. Siga os detalhes ocultos da pintura como descrevo abaixo:


Neste quadro de Agnolo Bronzino é retratada a figura da deusa pagã do amor sendo beijada pelo seu filho Cupido. Pela forma como acontece a cena, temos certeza de que se trata de um beijo erótico.


v Analisando o quadro:





À direita (na pintura) um menino sorri, representando o prazer - imagem em destaque




Uma figura estranha está posicionada atrás dele, representando a astúcia, tal a forma como foi imaginada pelo pintor – o corpo em forma de serpente - veja o detalhe do rosto em destaque, e o corpo na pintura.







À esquerda uma velha representando o ciúme, uma mistura de inveja e desespero que sempre está ligada ao amor - destaque.










O Tempo
Duas figuras foram colocadas no alto do quadro, como se estivessem abrindo uma cena, que antes estava encoberta. O homem é o tempo, que nos intui imaginar que só ele mostrará as consequências do ato.




A Verdade
E à esquerda a mulher representando a verdade.









Como vemos, houve nesta pintura a intenção de ocultar os fatos, que seriam provavelmente descobertos pelas pessoas intelectuais da época num jogo palaciano muito comum, ao contrário do mosaico de Ravena, que consiste em apresentar claramente os fatos.


O Autor do Blog
Geraldo Ráiss Geraldo Ráiss, criador e editor do Blog, estudou Administração de Empresas, autodidata, tem como hobbie escrever poemas e romances. Apreciador da boa música e das artes, e claro, criar artigos para o Blog.

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