Parece que está virando “moda” no Brasil esse tipo de violência gratuita, e o pior, a coisa está se alastrando e chegando até em cidades menores no interior dos Estados. Como foi noticiado nesta segunda feira, 18 de Julho, pela EPTV da região de São Carlos, afiliada da Rede Globo de Televisão, desta vez as vítimas foram pai e filho, que por estarem abraçados durante uma exposição agropecuária industrial e comercial (EAPIC), que acontece em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, foram “confundidos” por sete agressores como sendo um casal gay. Notem: foram “confundidos”. E se fossem gays? Haveria justificatica para tal agressão?
O pai relata que mesmo afirmando que os dois eram pai e filho não foram poupados pelos agressores, sendo assim espancados gratuitamente, chegando a ficar desacordado e sem parte de uma das orelhas. A que ponto estamos chegando. Já não basta o crescente número de bandidos “oficialmente declarados” nesse país, agora estão emergindo dos Umbrais do Inferno uma nova categoria?
E a notícia não termina aí. No outro dia, 19 de Julho, em outra edição do Jornal, foi noticiado o seguinte:
“A Justiça negou, nesta terça-feira (19), o pedido de prisão temporária de um dos homens envolvidos no caso de agressão a um pai e um filho, que foram confundidos com um casal gay, em São João da Boa Vista. O agressor, que não teve a identidade divulgada, tinha sido detido durante a tarde e confessou a participação no crime. O juiz Heitor Siqueira Pinheiro disse que uma lei de 1989 não autoriza a prisão temporária para o crime de lesão corporal. O rapaz já foi liberado.”
Será que é preciso dizer mais? Eu gostaria de abrir um parêntese para uma opinião particular. No caso de casais homossexuais, eu não acho que seja necessário que se exponha em público seus sentimentos afetivos, da mesma maneira que são dispensáveis alguns “abusos eróticos” por parte de casais heterossexuais, no meu entender há lugares específicos e privados para tal manifestação, inclusive a própria moradia. Entretanto não há nenhuma justificativa para qualquer tipo de agressão gratuita.
Mas voltando ao caso. Se as autoridades não encontrarem meios urgentes para deter essas sucessivas formas de violência, as possibilidades delas crescerem são muitas, até que se perca o controle da situação.
E para terminar deixo aqui uma pergunta “em aberto”, tanto para o poder terreno, quanto para o poder do Alto (leia-se os Céus): Quantos ainda terão que morrer?
É preciso que hajam leis que combatam a violência homofóbica que está crescendo em todo o Brasil. E muitos que são atacados nem são gays como nesse caso!!!
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