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setembro 03, 2011

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Quem nunca ouviu falar em Helena de Tróia, casada com o rei Menelau de Esparta, raptada pelo príncipe troiano Páris. Uma guerra que durou dez anos foi desencadeada por Menelau, com auxílio de seu irmão Agamêmnon, que era rei de Micenas. Essa história data de aproximadamente 1200 a.C., e já havia um povo constituído em uma civilização chamada micênica, com uma poderosa cidade: Micenas.
Essa civilização declinou em fins do século XI a.C. e um novo povo, os dórios, começaram a penetrar na Grécia. Dois poemas, a Ilíada e Odisséia, compostos por Homero, por volta do século VIII a.C., fizeram com que essa memória fosse lembrada, influenciando toda uma evolução cultural que se emergiria.
Com as conquistas de Alexandre – O Grande, as idéias gregas acabaram por influenciar toda a cultura de mundos ocidentais, através de um período chamado de Helenístico. Tal influência perdura até nossos dias na arquitetura, literatura, nas artes, música, nas comédias, nas tragédias, nas línguas, nos desportos, nas religiões e, sobretudo na filosofia.
Vamos destacar três dos maiores filósofos gregos, e um rápido resumo sobre eles.

Sócrates (470-399 a.C.)

Nasceu em Atenas e viveu ali toda sua vida. Racionalista convicto. Defendia a idéia de que o verdadeiro conhecimento vem de dentro, e quem sabe o que é certo faz a coisa certa. Vivia pelas praças e mercados conversando com as pessoas, pois achava que os campos e as árvores não lhe poderiam ensinar nada. Sócrates não escreveu nada, o que se sabe sobre ele é descrito por Platão, seu discípulo, que o acompanhava por todo lado. Achava que sua missão era ajudar as pessoas a descobrirem por si próprias as coisas, usando sua própria razão, por isso dialogava com todo tipo de pessoa, induzindo-as à formação de uma opinião própria, deixando com que a pessoa conduzisse o assunto e ele apenas formulava questões. Foi acusado de corromper a juventude em 399 a.C, e de não reconhecer a existência dos deuses. Por essas razões foi condenado à morte, sendo obrigado a beber um cálice de cicuta por parecer perigoso a ensinar as pessoas a questionarem. Sócrates dizia que a única coisa que sabia era que não sabia de nada, esse o verdadeiro sentimento de um filósofo. Acreditava que a capacidade de distinguir entre o certo e o errado estava na razão e não nas características das sociedades, e sendo assim ninguém poderia ser feliz indo contra suas próprias convicções. A razão para ele é algo eterno e imutável.

 Platão (427-347 a.C.)

Platão foi discípulo de Sócrates e tinha vinte e nove anos quando seu mestre morreu. Publicou um discurso em defesa de Sócrates, e escreveu muitos diálogos filosóficos.
Fundou sua própria escola filosófica nos arredores de Atenas, em um bosque denominado Academos, um herói grego, e por essa razão sua escola recebeu o nome de Academia. Na Academia de Platão o ensino se fazia através de diálogos, que se acreditava fosse a melhor maneira de ensinar e aprender.
O interesse de Platão estava naquilo que é eterno e imutável e aquilo que flui. Sua opinião era de que nunca poderíamos ter certeza das coisas do mundo dos sentidos, pois só se tem certeza das coisas que reconhecemos com a razão. O homem seria um ser dual, isto é, temos um corpo que flui, ligado ao mundo dos sentidos, o qual está ligado às outras coisas do mundo, portanto não inteiramente confiáveis. E temos uma alma que é imortal, onde mora a razão, e por não ser material, ela teria acesso ao mundo das idéias. Ele achava que a alma já existia antes de estar num corpo encarnado e quando tomada por um corpo, essa alma perde o acesso ao mundo das idéias, tendo aos poucos as lembranças das coisas, entrando em contato com as formas da natureza.

 Aristóteles (384-322 a.C.)

Era natural da Macedônia e veio para a Academia quando Platão tinha sessenta e um anos, este foi seu mestre. Aristóteles foi aluno de Platão durante vinte anos, foi o último grande filósofo grego e seu maior interesse estava na natureza viva, tentando entender todas as mudanças naturais das coisas. Divergia de Platão em algumas coisas, principalmente no que diz respeito à razão. Para Platão a realidade estava em pensarmos com a razão e Aristóteles pensava exatamente o contrário, ou seja, a realidade estava em percebermos ou sentirmos com os sentidos. Pensava que o que existe na alma humana não é mais do que reflexos dos objetos da natureza, e que nada existe na consciência que já não tenha sido experimentado antes pelos sentidos, isso quer dizer que todas as nossas idéias e pensamentos tinham entrado em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos, sendo assim nossa razão estaria vazia enquanto não percebêssemos nada, portanto não possuiríamos idéias inatas.
Aristóteles era muito organizado, detalhista, e fundou a ciência da lógica, colocando tudo nos seus devidos lugares: seres animados e seres inanimados. Era preocupado com a ética e a política, escrevendo diversos tratados a respeito. Quanto à mulher, ele tinha uma visão um tanto desanimadora, pois achava que a mulher era apenas um ser passivo enquanto que o homem era reprodutivo, tanto que o filho herdava do pai todas as características, a mulher apenas um instrumento reprodutor.

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