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setembro 03, 2011

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Mas se o homem foi feito “à imagem de Deus” e possui em si mesmo “o reino divino”, por que ele comete equívocos, revela defeitos e até precisa ser corrigido? Qual o motivo dessa precariedade divina na criatura?

Resposta: Qual seria o valor do homem, criado por Deus para ser feliz por toda a eternidade, caso ele mesmo não fosse o autor de sua própria “conscientização”? Apesar do protesto justificável, de que não há mérito nem valiosidade da criatura sofrer, para depois ser venturosa, muito pior seria ela um produto automatizado elaborado mecanicamente em série! É a autorrealização, a transformação preliminar, garantia de um futuro venturoso, quando o espírito sentir, conscientemente, dos seus poderes criativos e da possibilidade de plasmar nas formas do mundo toda a intuição superior, como poesia arte e imaginação sublime! Não importa se o homem, em princípio, confunde as quinquilharias dos mundos físicos transitórios como valores autênticos de sua futura felicidade! O certo é que ele jamais se perderá nos labirintos educativos das vidas materiais, porque o seu destino glorioso é a angelitude, e a luz que o guia queima no próprio combustível de sua centelha interna! Sem dúvida, precisa crer e confiar na pedagogia traçada pelo Criador, cujo resumo o ser possui em sua própria intimidade espiritual, na síntese microcósmica do reino “divino”!

E para a absoluta segurança da criatura alcançar mais breve e corretamente a sua ventura eterna, então a Divindade estatui a Lei do Carma, que disciplina, corrige e retifica os atos insensatos e enfermiços, que o espírito pratica nas vidas sucessivas na face dos orbes físicos. Assim, nenhuma criatura deve invadir o direito alheio ou perturbar o destino dos seus companheiros em curso de aperfeiçoamento espiritual. Aliás, ninguém pode, sequer, carregar a cruz do seu irmão e sofrer por procuração quaisquer reações desagradáveis e indesejáveis que devem ser vividas pelos próprios responsáveis ou culpados! O espírito do homem é o autor do seu destino e pessoalmente responsável pelos efeitos bons ou maus decorrentes dos seus atos pregressos. Cumpre-lhe a tarefa de despertar e desenvolver em si mesmo, os valores íntimos que devem assegurar a vivência futura entre as humanidades siderais felizes.

Ele pode semear dores, júbilos, prazeres ou tragédias, porém sob a Lei do Carma, que é inflexível e corretiva, mas justa e impessoal, o homem é o autor e ao mesmo tempo o receptor de todos os acontecimentos ou males praticados a favor ou contra o próximo. Em face da advertência insistente de todos instrutores e mestres da espiritualidade, enunciando que “a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória”, e que “a cada um será dado segundo as suas obras”, ninguém pode alegar ignorância das sanções da lei cármica, nem atribuir injustiças a Deus!

O Evangelho à Luz do Cosmo
Ramatís
Obra psicografada por Hercílio Maes

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