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setembro 06, 2011

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Será que devemos esquecer do passado? Alguns preferem achar que o que passou já foi, o mundo agora é outro, vivemos em outra época. Simples assim. 







No entanto, muitos, assim como eu, preferimos sempre trazer a reflexão às pessoas, acreditamos que o conhecimento histórico não faz parte apenas de um passado, ao contrário, fatos históricos traz luz e promove entendimento, e só o entendimento leva ao progresso sadio e à evolução humana.

Infelizmente essa evolução passou e ainda passa por períodos escuros e tenebrosos, como esse que durou 600 anos, além de outros como o Holocausto, que teve como protagonista o ditador nazista Adoff Hitler, numa perseguição política, étnica, religiosa e sexual. As pessoas precisam mudar, o mundo precisa mudar, a intolerância deve ser morta de uma vez por todas, por essa razão acredito que nunca é demais voltarmos a um passado de extrema intolerância, e através do conhecimento desse passado procurarmos pregar o Amor dentro do mais possível amor que existir em cada um de nós.

Leia o artigo sob a luz do entendimento, pois essa é a realidade dos fatos, saiba que esse é apenas um resumo, já que o período foi infinitamente cheio de detalhes horrendos.

O termo Inquisição refere-se a várias instituições dedicadas à supressão da heresia no seio da Igreja Católica. A Inquisição foi criada inicialmente para combater o sincretismo entre alguns grupos religiosos, que praticavam a adoração de plantas e animais, e utilizavam métodos de advinhação. A Inquisição medieval, da qual derivam todas as demais, foi fundada em 1184 no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses. Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478-1821), sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América. A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821. A Inquisição romana ou "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício" existiu entre 1542 e 1965.

O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena. Os outros métodos de tortura eram bem piores do que a fogueira, se é que podemos falar assim.
O delator que apontava o "herege" para a comunidade, muitas vezes garantia sua fé e status perante a sociedade.

O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros, e sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada. Abaixo, apenas alguns dos métodos utilizados em torturas, não chocarei os leitores com detalhes, quem quiser ver mais (e tiver coragem)  faça uma pesquisa  aprofundada.


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Aos poucos a matança foi se alastrando, em Lavaur, em 1211, quatrocentas pessoas foram queimadas vivas. No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Os julgamentos em Toulouse, na França, em 1335, levaram diversas pessoas à fogueira; setecentos “feiticeiros” foram queimados em Treves, quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos EUA, os acusados eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas eram queimadas vivas. Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados. Ainda, a noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como "A noite de São Bartolomeu", é considerada "a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos". Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminadas cerca de setenta mil pessoas em apenas alguns dias.

Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual EUA.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas.

No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.

Duas pessoas devem ser destacadas nessa matança toda, por terem se tornadas famosas, Joana d’Arc queimada em 30 de Maio de 1431, aos dezenove anos de idade (e depois canonizada em 1920 pelo Papa Bento XV). Joana ouvia vozes.

Giordano Bruno queimado em 1600 por heresia. Sua tese: o universo é infinito e formado por infinitas estrelas, como o sol e outros planetas, que assim como a Terra poderia existir vida.

Finalizando: Que nunca mais o mundo tenha de passar por isso em nome da intolerância e ódio, mesmo que a suposta justificativa seja em Nome de Deus, o que sabemos não ser. 

Crédito: Os três últimos blocos deste artigo (em negrito) são de autoria do site Spectrum. Link para o site http://www.spectrumgothic.com.br/
O que não está em negrito: texto de Geraldo Ráiss,

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